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Cuiabá-MT

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que quase 20% dos moradores de Cuiabá disseram beber de forma abusiva


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Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostra que 19,8% das 2.010 pessoas entrevistadas em Cuiabá declararam ter consumido bebidas alcoólicas de forma abusiva nos últimos 30 dias.

Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, divulgados nesta quinta-feira (25), durante Reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF).

Das 2.010 pessoas entrevistadas, 797 são homens e 1.213 mulheres.

Foi considerado consumo abusivo de bebidas alcoólicas cinco ou mais doses, para os homens, ou quatro ou mais doses para as mulheres em uma única ocasião, pelo menos uma vez nos últimos 30 dias.

Conforme a pesquisa, uma dose de bebida alcoólica corresponde a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de cachaça, uísque ou qualquer outra bebida alcoólica destilada.

Dirigir embriagado

A pesquisa também abordou a condução de veículo motorizado após consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas.

Neste caso, 9,9% dos entrevistados disseram que dirigem após consumir bebidas alcoólicas. Deste total, 17% são homens e 3,4% mulheres.

O Ministério da Saúde alerta que o consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica pode trazer danos imediatos à saúde ou a médio e longo prazo. O uso abusivo de álcool é uma pauta intersetorial e também um fator de risco que influencia negativamente dois aspectos: aumento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs); e o aumento de agravos, como acidentes e violência.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe volume seguro de álcool a ser consumido, porque ele é tóxico para o organismo humano e pode provocar doenças mentais, diversos cânceres, problemas hepático, como a cirrose, alterações cardiovasculares, com riso de infarto e acidente vascular cerebral e a diminuição de imunidade. Além de ser responsável por episódios de violência física contra si ou contra outras pessoas.

Ações

O Ministério da Saúde por meio da Política Nacional de Saúde Mental oferta de forma gratuita, o atendimento as pessoas que sofrem com a dependência alcoólica. Os serviços disponíveis compreendem as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. Abrange a atenção a pessoas com necessidades relacionadas a transtornos mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo etc, e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas.

O acolhimento dessas pessoas e seus familiares é uma estratégia de atenção fundamental para a identificação das necessidades assistenciais, alívio do sofrimento e planejamento de intervenções medicamentosas e terapêuticas, se e quando necessárias, conforme cada caso. Os indivíduos em situações de crise podem ser atendidos em qualquer serviço da Rede de Atenção Psicossocial, formada por várias unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde.

Os principais atendimentos em saúde mental são realizados nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que existem no país, onde o paciente recebe atendimento próximo da família com assistência multiprofissional e cuidado terapêutico conforme o quadro de saúde de cada paciente. Nesses locais também há possibilidade de acolhimento noturno e/ou cuidado contínuo em situações de maior complexidade.

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